Sem autorização, do autor pr. Ciro Zibordi, copiei a matéria do seu blog. Creio que é importante a todos que a divulguem, sem medo de errar. Afinal, a comunidade evangélica, vem sofrendo, pelas irresponsabilidades dos atos lúdicos e desregrados de artistas religiosos, viciados em dinheiro e interesses pessoais.
Um basta, a estes, loucos e desafinados da fé, em sua verdadeira e autêntica posição, diante da explanação bíblica na propagação do evangelho.
Basta! Basta! Basta!
Que Deus, envergonhe a estes, e levantem homens do quilate, do autor da matéria que com muita honra a divulgo em meu blog.
A Assembléia de Deus será outra a partir de 2009, depois da eleição — ou reeleição — do presidente de sua convenção geral?
Às vésperas de seu centenário, a Igreja Evangélica Assembléia de Deus, pioneira do Movimento Pentecostal no Brasil, elegerá neste ano — se o Senhor Jesus não voltar antes de abril — o presidente de sua convenção geral para um mandato de quatro anos. Teremos também as eleições de outros cargos que compõem a mesa-diretora, como os cinco vice-presidentes, um por região.
Tenho orado pela nossa igreja e pensado seriamente em seu futuro. E estou esperançoso com a realização da próxima Assembléia Geral Ordinária, em Vitória-ES, em abril deste ano, a qual — além de ser a maior de todos os tempos — poderá nos propiciar um recomeço, não por causa dos nomes escolhidos para formarem a mesa-diretora da convenção, e sim por eu acreditar que as lideranças assembleianas aproveitarão essa valiosa oportunidade para fazerem um pacto em prol do cumprimento da quase-esquecida Grande Comissão.
O QUE PODERÁ MUDAR DEPOIS DA AGO?
Anseio por um novo começo, que resulte em recuperação do que perdemos nos últimos anos, pois avivamento, à luz da Palavra de Deus, não é, essencialmente, introdução no culto a Deus de novidades, e sim reconquista do que foi perdido (Lm 5.21; Jr 6.16). Não foi isso que aconteceu nos dias dos reis Ezequias e Josias? Sim, houve uma verdadeira renovação (2 Cr 29-30; 2 Rs 22-23).
Temos tido muitas perdas, sobretudo no que tange ao compromisso com a Palavra de Deus. Até quando os nossos cultos serão shows, e as nossas pregações, palestras motivacionais, que apenas entretêm os crentes? Até quando a quantidade de evangélicos reunidos, em mega-eventos, será mais importante do que as almas salvas? Até quando o “grande reboliço” será mais importante que o culto racional, em espírito e em verdade, com decência e ordem?
A despeito de certos líderes sem chamada de Deus ou desviados da verdade desejarem que a Assembléia de Deus seja cada vez mais liberal e secularizada, a nossa igreja não pode ter como parâmetro de sucesso apenas o crescimento numérico. Este tipo de crescimento Deus até valoriza, mas não o prioriza (Jo 6.60-69; Mt 7.13,14,21-23).
É lamentável o fato de líderes de nossa igreja abrirem mão da verdade em prol das multidões. A única explicação para isso é a priorização do aumento da receita, tendo em vista vantagens e o enriquecimento ilícito. Por isso, temos visto certas Assembléias de Deus se igualando a igrejas pseudo-cristãs, cujas bandeiras são a falaciosa teologia da prosperidade e o evangelho-show, não tendo nenhum compromisso com os mandamentos e princípios das Escrituras.
ALGUÉM SE LEMBRA DA GRANDE COMISSÃO?
Neste longo artigo de início de ano, desejo enfatizar a necessidade de a Assembléia de Deus retomar os antigos ideais da Grande Comissão. Sim, o Senhor Jesus comissionou a sua Igreja, chamando-a para uma tríplice tarefa: pregar o evangelho em todo o mundo, fazer discípulos de todos os povos e batizá-los em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo (Mc 16.15; Mt 28.29, gr.). E eu pergunto: O que temos feito em prol desses ideais?
Até quando os nossos principais congressos serão ajuntamentos para, apenas e tão-somente, gritar, pular, marchar, ao som de gritos ensurdecedores de animadores de auditório? Até quando valorizaremos mais as mensagens e cânticos voltados exclusivamente para o bem-estar dos crentes? Até quando iremos aos cultos apenas para receber bênçãos, em vez de adorarmos a Deus, crescermos na graça e no conhecimento do Senhor Jesus, sendo cada vez mais cheios do Espírito Santo?
Tenho esperança de que o presidente eleito — ou reeleito —, a partir de agora, se preocupará um pouco mais com a Grande Comissão. E creio que a mesa-diretora escolhida o apoiará na realização de grandes projetos em prol de evangelização, missões e ensino sistemático da Palavra de Deus, pois o que prevalece hoje é a preocupação com os aumentos de membros (e não de discípulos) e de receita das igrejas.
Não podemos ignorar a primacial tarefa da Igreja de Cristo. Negligenciá-la implica desprezarmos as nossas origens. Para que recebemos o poder dinâmico do Espírito Santo? Para nos gloriarmos, dizendo que somos o povo que grita, pula e sapateia? Infelizmente, muitos pensam que ser pentecostal é isso... Mas o revestimento de poder existe, sobretudo, para nos impulsionar à pregação do evangelho às almas perdidas (At 1.8; Mc 16.15-20).
Quando os apóstolos Daniel Berg e Gunnar Vingren foram batizados com o Espírito Santo, nos Estados Unidos, o que mais se evidenciou na vida deles não foi o falar o línguas estranhas (ainda que isso seja uma das evidências desse dom do Espírito), tampouco pulos e gesticulação espalhafatosa. Eles se sentiram impulsionados pelo Espírito a ganhar almas e vieram ao Brasil a fim de propagarem o evangelho no poder do Espírito de Deus.
PRECISAMOS MESMO DE UMA REDE DE TELEVISÃO?
Oro para que o pastor-presidente da nossa convenção não seja alguém ávido por atender, primordialmente, aos interesses dos assembleianos. Afinal, Deus não nos chamou para fazer a vontade do povo, e sim a sua vontade (Mt 7.21; 1 Co 1.1). Eu sei que precisamos de mais espaço na mídia. Mas que não sigamos o exemplo de igrejas (ou empresas?) e televangelistas cujos programas giram em torno de autopromoção, vendagem de produtos, consecução de recursos para manter impérios pessoais, etcétera e tal.
Quem hoje prega, verdadeiramente, o evangelho a fim de alcançar os pecadores com a mensagem cristocêntrica? Paradoxalmente, não há nenhum programa evangélico voltado especificamente à pregação do evangelho, ainda que alguns dediquem um pequeno espaço do tempo a isso. Tenho visto muita propaganda e vendagem de produtos (o que é lícito, se feito com moderação), verberação contra desafetos, divulgação de igrejas e campanha tácita visando ao aludido pleito de abril/2009.
Muito se fala acerca de uma rede de televisão, e alguns pastores dizem que a nossa igreja ficou para trás. Os candidatos à presidência da nossa convenção estão sendo pressionados a imitarem líderes de igrejas ditas evangélicas que promovem shows para crente ou apresentam todo e qualquer tipo de programa para competir com a concorrência. Como manter um canal assembleiano com boa audiência sem rechear a programação de entretenimentos mundanos? Não é melhor a Assembléia de Deus comprar horários nobres e pregar o evangelho de Cristo aos pecadores?
Temos mesmo de seguir ao exemplo de telebispos, telemissionários e tele-apóstolos, cujos programas têm como finalidade arrecadar dinheiro e mais dinheiro? Veja o caso da maior emissora dita evangélica do País: propaga tudo o que não presta (é inclusive declaradamente favorável ao aborto) e assim consegue competir com a Rede Globo em alguns horários. Esse é um bom exemplo para nós?
Precisamos mesmo de uma rede de televisão? Não, pois essa não é a nossa vocação. Não fomos chamados para ter impérios de telecomunicações, ao contrário do que muitos pensam. Podemos, sim, nos valer de todos os recursos à nossa disposição, mas não é missão da igreja competir com emissoras mundanas, como fazem os canais “evangélicos” da atualidade.
ALGUÉM SE LEMBRA DA DÉCADA DA COLHEITA?
Devemos — repito — usar todos os recursos disponíveis para a pregação do evangelho. E os dízimos e ofertas, se forem bem empregados, podem servir não apenas para a construção de catedrais, mas para o custeio de programas verdadeiramente evangelísticos. Estamos dispostos a deixar a vaidade de lado e pregar o evangelho? Para isso, os nossos programas terão de fazer menos propaganda de nossos líderes e igrejas. Queremos isso? Ou preferiremos mostrar para todos que a Assembléia de Deus também pode ser como as igrejas-empresas?
Alguém se lembra da Década da Colheita? Que projeto nobre era aquele! Por que não houve os resultados esperados? Alguns dizem que foi por causa da morte repentina do inesquecível pastor Valdir Nunes Bícego, relator e principal propagador do projeto. Mas não foi apenas isso que fez o arrojado plano sofrer solução de continuidade, ainda que a competência do saudoso evangelista e mestre Valdir Bícego sejam até hoje lembradas. Tem faltado visão mesmo a nossos líderes.
Não estou criticando a ninguém em específico. Respeito profundamente os atuais membros da mesa-diretora da nossa convenção. Mas escrevo isso com o intuito de refletirmos juntos acerca do que já fomos, temos sido e poderemos ser. Quando falo de um “novo começo”, não quero dizer que precisamos, necessariamente, de um novo presidente, e sim de uma nova mentalidade.
Temos pregado o evangelho aos perdidos? Sinceramente, muito pouco. Temos feito discípulos? Francamente, muito pouco. Temos batizado em águas? Na verdade, são poucas as pessoas que chegam ao batismo; e mesmo assim elas não passaram por uma formação adequada. Prova disso é a facilidade com que o povo assembleiano — sobretudo a juventude — se deixa levar por ventos de falsas doutrinas e modismos.
A verdadeira Assembléia de Deus é a igreja da Palavra, que evangeliza, faz discípulos, batiza-os em água. É a igreja movida pelo poder dinâmico do Espírito (At 1.8; Rm 1.16). Seus cultos têm cânticos, exposição da doutrina e manifestação multímoda do Espírito Santo (1 Co 14.26). Não é uma igreja igual ou similar a igrejas pseudo-cristãs, que só falam de prosperidade material, curas e milagres. A legítima Assembléia de Deus, fiel à sua origem, adora ao Senhor Jesus, prega a sua doutrina e crê em milagres, mas sem priorizá-los, posto que eles são apenas os efeitos do evangelho, e não o evangelho (1 Co 1.22,23; Jo 10.41).
Sei que este extenso artigo, publicado no primeiro dia de 2009, não é nada simpático. Mas é necessário. Uma igreja vigorosa evangeliza, faz discípulos e batiza-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. E muito me admira o fato de pastores estarem cobrando dos candidatos à presidência de nossa convenção geral que tenhamos um canal de televisão, como se isso fosse a principal missão da Assembléia de Deus! Por que não nos unimos para levantar a bandeira da Grande Comissão, deixando de lado os nossos projetos pessoais?
pr. Ciro Sanches Zibordi
Parabéns por esta matéria tão necessária, a estes tempos, tão modernos em que os líderes de várias igrejas e denominações, entram por caminhos insanos e desprovidos de uma conciência real das responsabilidades, com o Deus que nos deu o seu Filho Unigênito Jesus Cristo, para a nossa salvação.
SANTO. SANTO. SANTO. É o Senhor dos Exércitos!
Quem for sujo, suje-se mais! quem for limpo, limpe-se mais!
pr. Newton Carpintero
5 comentários:
Meu amigo,
Agradeço-lhe pela postagem de meu artigo aqui. Feliz 2009!
Outrossim, o irmão pode me reenviar o e-mail com as respostas à entrevista? Estou em São Paulo, onde permanecerei por alguns dias, e o texto está no Rio de Janeiro.
A paz do Senhor!
Ciro Sanches Zibordi
Eu, sempre que posso, também gosto de aprender com o irmão Ciro no 'blogue' dele. (permita-me o aportuguesamento? - sorrisos)
Achei esta mensagem muito sábia! É incrível como a maioria das pessoas não conseguem perceber a verdade destes argumentos.
Preferindo-se render aos costumes danosos e enganosos de nossa época.
Exatamente como na época do povo de Israel querendo um Rei: I Samuel 8:20.
Sendo no momento no lugar do Rei uma TV:
"E nós também seremos como todas as outras igrejas; e a nossa TV..."
Abraços,
Na Paz verdadeira e única de Deus,
apenas uma ovelha,
Mauricio Moreira
RJ - Brasil
Lamentável que o Pastor tenha sdo tão influenciado por alguém tão covarde, tão hipócrita e tão chegado ao dinheiro como é o pr Ciro Zibordi! Um sujeito que defende que se venda uma obra tão herética que chega ao ponto de negar a própria onisciência de Deus porque tem o "rabo preso" com a editora.
Muito me entristece, Pastor Carpinteiro!
Caro Georges Nogueira,
Paz! Paz! Paz! Do Senhor!
Lamentável é o seu ódio pelo meu amigo pr. Ciro Zibordi.
Entenda de vez, não sou influenciado por ninguém. A sua insinuação é algo particular, não sei em que base, mas, afirmo que não me alegra em nada, saber do que passa em seu coração, ao afirmar que o meu amigo e irmão em Cristo, a quem considero como um instrumento de valor, seja desrespeitado por você.
Tenho a minha própria capacidade de avaliação, e bem sei que a sua tristeza não é comum. Há um motivo!
O Senhor seja contigo!
O menor de todos.
A PAZ -*EU ACHO PROVEITOSO UMA AUTO CRITICA SAUDAVEL ENTRE PASTORE,POIS PODE ABRIR OS OLHO DO QUE ESTIVER COM ALGUM POBLEMA ESPIRITUAL OU ESTIVER DESCUIDADO COM 0 EVANGELHO,A PAZ
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