Esta entrevista aconteceu no blog do prezamado pr. Ciro Zibordi, e moveu o meu coração com muita alegria, e assim, a copiei. Pois, existe no meio evangélico, alguns que, não querem se curvar aos devaneios de líderes apóstatas. E graças ao nosso Deus por esta realidade.
Uma sugestão para os que a lerem: Produzam cópias para os seus irmãos e as entregue. Assim, você irá colaborar com a evangelização dos crentes, que estão perdidos dentro das próprias igrejas.
Pastor Ciro Entrevista (2) www.cirozibordi.blogspot.com
É com imensa alegria que entrevisto mais um servo do Senhor que verdadeiramente tem contribuído para a evangelização do mundo e a edificação do povo de Deus: Nilton Didini Coelho. A CPAD acabou de publicar um livro seu na área do louvor. Nilton Didini é engenheiro civil, músico, musicólogo, conferencista, escritor e maestro da Assembléia de Deus da Lapa, ligada ao Ministério do Belém, em São Paulo.
Blog do Ciro: Para iniciar, gostaria que o irmão se apresentasse, falando um pouco de sua conversão, sua chamada para o ministério da música, bem como de sua formação secular e músico-teológica.
Nilton Didini Coelho: Caro pastor Ciro, nasci em um lar evangélico e nunca saí da comunhão da igreja. Porém, numa noite feliz, durante um louvor coral, senti fortemente a presença de Deus em minha vida, e aquele momento se tornou um divisor de águas; foi uma experiência espiritual muito forte, que resultou em decisões definitivas.
Blog do Ciro: Vejo que o irmão não é apenas um músico, e sim um musicólogo, que domina a matéria plenamente, podendo falar com autoridade sobre como está a música na igreja, em termos gerais. A música tem sido usada de maneira apropriada pelo povo de Deus?
Nilton Didini Coelho: Diria que, assim como no passado as bandas marciais nas Assembléias de Deus causaram pânico em outras igrejas, visto que tradicionalmente as outras denominações produziam o canto acompanhado de órgão e/ou piano, outros estilos têm chegado e produzido o mesmo efeito, hoje, mas com uma diferença muito grande. Naquele tempo os meios de comunicação não tinham a abrangência atual. As influências eram mínimas, senão, nulas.
O que vemos hoje é uma avalanche de estilos sendo apresentados de forma globalizada e isto faz com que a música de padrão sacro (erudita-clássica) perca espaço para as músicas de alta evidência na mídia. É aí que mora o perigo, pois inadvertidamente qualquer padrão está sendo admitido nas igrejas, tornando o louvor um produto comum; ou seja, o que se toca para qualquer finalidade temporal está sendo tocado para a adoração a Deus! Fica uma pergunta: Gostamos de receber um presente comum, usual, sem qualquer esmero, por quem presenteia, ou apreciamos um presente inédito, exclusivo, de grande valor, adquirido com muito esforço? Que presente estamos entregando a Deus?
Blog do Ciro: E os músicos, maestro Nilton, como estão? Por que muitos deles não se interessam pela pregação da Palavra de Deus? Uns saem quando começa a ministração da Palavra; outros permanecem, mas ficam conversando, rindo ou dedilhando instrumentos...
Nilton Didini Coelho: Entendo que vai muito de quem está na direção do grupo. E não limito esta responsabilidade somente ao maestro, mas muito mais ao pastor da igreja, pois ele é o condutor de todas as ovelhas, inclusive do maestro. Torna-se imprescindível que qualquer pessoa desejosa de ingressar em um grupo musical passe por uma entrevista, em que todos os assuntos pertinentes às atividades serão conhecidos, sobretudo a consistência espiritual que é aplicada e exigida para cada um que se envolva com o ministério de louvor. A indisciplina na casa do Pai, é inadimissível. "Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus".
Blog do Ciro: A CPAD acabou de lançar o excelente livro Manual do Líder de Louvor, de sua autoria. Fale um pouco desta sua obra literária.
Nilton Didini Coelho: Este livro é fruto do grande estímulo e apoio deste pastor que me entrevista, a quem publicamente agradeço, pois se constituiu em uma experiência ímpar na minha vida. O livro foi estruturado em cima de seminários e congressos que participei como palestrante. Ao escrevê-lo, pude sentir a ação do Espírito Santo me entregando elementos, para que sobre essa estrutura se formasse um corpo sólido em termos de ministério musical. Procurei atender às dificuldades apresentadas por músicos, cantores, maestros e pastores. Diante dessas dificuldades, o teor do livro levou-me a escolher o título Manual do Líder de Louvor.
Blog do Ciro: Hoje, aquela pessoa que fica na frente, no início do culto, cantando ou animando a platéia, é chamada de ministro de louvor. Ela é chamada assim também em razão de, além de cantar, valer-se do que consideram cânticos espontâneos, que têm sido muito usados de uns tempos para cá. Esse é mesmo o modelo bíblico de ministro de louvor? Os cânticos espontâneos são válidos, verdadeiramente, ou fazem parte dos muitos modismos da atualidade?
Nilton Didini Coelho: À primeira pergunta, biblicamente falando, ministro de louvor não se resume a isso. O ministro dentro de suas atribuições canta em público, conduz o canto congregacional, rege grupos musicais, administra toda a música de sua igreja, etc., porém a pessoa que produz o canto dentro do panorama perguntado exerce a função de um cantor e claro se espera que seja um adorador. O perfil de um ministro de louvor, sem querer ser imodesto, podemos encontrar no livro Manual do Líder de Louvor, o qual trata de forma clara desse assunto, pois fundamenta-se na Bíblia. E, quando a Bíblia explica, as polêmicas esvaziam-se, e as dúvidas são sanadas.
Quanto à segunda pergunta, confesso que me preocupa também essa novidade de cânticos espontâneos, pois foge de toda regra da ordem. Entendo que, assim como um pregador se apropria das regras da homilética e da hermenêutica, estudando profundamente seu sermão, a fim de que, se apropriando de um esboço, discipline sua prédica, quem canta ou toca deve manter obediência ao que está proposto numa partitura ou naquilo que foi ensaiado. Creio que o que já foi escrito por um autor consagrado, o foi pela inspiração do Espírito Santo. Podem ocorrer conflitos entre o pastor da igreja e os grupos que cantam/tocam, que em nome da espontaneidade do Espírito, tomam o tempo que estava previsto para a pregação. É necessário cuidado com essas inovações.
Blog do Ciro: De uns tempos para cá, ainda, surgiram várias novidades no campo da liturgia, como coreografias e incenações. Certo grupo, bastante famoso, apresenta até uma coreografia em que um dos seus integrantes representa o Diabo, sendo "pisoteado" pela vocalista do grupo. Como o irmão vê essas apresentações?
Nilton Didini Coelho: As novidades sempre atraem. Nas Assembléias de Deus tivemos muitos cânticos acompanhados de coreografia, e confesso que alguns, do ponto de vista artístico, até que estavam bons, mas outros não só esbarravam como tocavam no campo do ridículo. Particularmente, não vejo a mínima necessidade disso, mesmo porque, desvia a atenção dos pontos principais: a letra e a música. Entra um terceiro elemento desnecessário. Tendo em vista alguns distúrbios aparecendo em algumas congregações, os quais não me convém apresentar aqui, a direção da Assembléia de Deus aboliu em São Paulo, Ministério do Belém, esse tipo de apresentação.
Blog do Ciro: Há alguma diferença entre danças e coreografia? E como o irmão vê as chamadas baladas gospel, em que os jovens dançam à vontade em determinado local, ao som de estilos musicais iguaizinhos aos do mundo, mas com a desculpa de que as letras são cristãs, e o ambiente 100% evangélico? Até que ponto isso não contraria o que está escrito em Romanos 12.1,2 e 1 João 2.15-17?
Nilton Didini Coelho: Pelos nossos dicionaristas, a origem é a mesma, mas vemos que a coreografia se fixa na música, à qual está sujeita, se utilizando da individualidade de pessoas, ou seja, não precisa de um par de pessoas para realizá-la, enquanto a dança busca sempre trabalhar em pares. Precisamos tomar muito cuidado quando discutimos dança dentro do contexto bíblico. Dentro do aspecto que o irmão fez a pergunta, me preocupa muito se o Senhor não estaria prestes a repetir aquilo que falou através do profeta Amós: "Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas; não suporto as suas assembléias solenes" (5.21). E no versículo 23 disse: "Afastem de mim o som de suas canções e as músicas de suas liras".
Blog do Ciro: Como pregador, por graça de Deus, tenho participado de vários congressos e percebo que a parte de "louvor" recebe uma ênfase exagerada. Tenho a impressão até de que estou diante de um show de calouros, e a Palavra fica sempre para o fim, quando todos estão inquietos e impacientes. O irmão, como um ministro de louvor e pregador do evangelho, saberia como resolver essa situação aparentemente irreversível?
Nilton Didini Coelho: Pastor Ciro, entendo que uma casa em que os filhos fazem muitas coisas que destoam da boa conduta é porque o pai não opera com disciplina. Onde tem criança tem que ter pai. Se em um congresso não há uma boa administração litúrgica, os tais distúrbios acontecerão. Devemos fazer tudo com ordem e decência, não sendo ignorantes quanto à administração do tempo (1 Co 14.40; Ef 5.16).
Todas as partes da liturgia são importantes, mas uma não deve sobrepujar a outra. A ciência explica que uma pessoa exposta a mais de uma hora diante de qualquer atividade sonora, terá sua capacidade de absorção intelectual muito reduzida após esse período. Imaginemos em um congresso, que destina dusa horas para cânticos, que assimilação o povo terá da Palavra de Deus?
Blog do Ciro: Os músicos, em sua maioria, afirmam que todos os estilos musicais servem para o louvor. Na Internet há vídeos de funk-gospel, forró, samba, heavy metal e outros estilos empregados em cultos ditos evangélicos. O irmão concorda que Deus aceita todos os estilos musicais?
Nilton Didini Coelho: Não, absolutamente! O assunto é polêmico, mas convido a quem não concorda que estude a origem e para que servem estes ritmos e depois conclua se Deus aceitaria ser louvado através deles.
Blog do Ciro: Gostaria que o irmão agora concluísse discorrendo sobre algum ponto relevante que não mencionou na entrevista. Afinal, são tantas e tantas perguntas (risos).
Nilton Didini Coelho: Bem, deixo um exercício importante aos nossos leitores. Imagine a pessoa que você mais ame neste mundo e lembre-se de que na próxima semana é o aniversário dela. Que presente você daria a ela? Seria algo que todo mundo tem? Seria barato? Você não faria de tudo para surpreendê-la? Quem é Deus para mim? O que Ele merece? Seria respeito? Seria exclusividade? Seria algo que ninguém ainda imaginou? Será que Ele apreciaria um louvor qualquer? Com a música que o mundo pratica?
O que oferecerei ao meu Deus? Sabe por que Ele criou a adoração? Justamente para nos abençoar. Isso mesmo. Quando o adoramos, somos abençoados. Ele criou a adoração porque nos ama. Busque isso na Bíblia: todos os que o adoraram foram abençoados. Comece com Caim e Abel e perceba a adoração de um e do outro; veja quem foi abençoado e prossiga daí em diante. Que o Senhor seja louvado!
Blog do Ciro: Entrevistamos, portanto, o maestro Nilton Didini Coelho. Que Deus abençoe grandemente o seu ministério.
Que a benção de Deus, esteja sobre o entrevistador e o entrevistado.
Se existe alguém -até mesmo os apóstatas- com sentimentos, contra esta entrevista, que atire a primeira pedra!
pr. Newton Carpintero
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